Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no plural.
Sintaticamente, o relativo que pode desempenhar várias funções:
a) sujeito: O homem que pensa vale por dois.
b) objeto direto: "Bebi o café que eu mesmo preparei". (Manuel Bandeira)
c) objeto indireto: "Alegria, alegria" é uma das músicas de que mais gosto.
d) complemento nominal: As teses a que me mantenho fiel são muito polêmicas.
e) predicativo: O pessimista que eu era deu lugar a um insuportável sonhador.
f) agente da passiva: As teses por que você foi seduzido são puro delírio.
g) adjunto adverbial (no caso, de lugar): A cidade em que nasci fica no Vale do Paraíba.
Pelos exemplos acima, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido da preposição apropriada a cada função que exerce. E o caso do objeto indireto (gostar de algo), do complemento nominal (fiel a algo), do agente da passiva (ser seduzido por alguém ou algo) e do adjunto adverbial de lugar (nascer em algum lugar). Na língua escrita formal, a omissão da preposição nesses casos é considerada erro.
O pronome relativo CUJO
Este pronome indica posse (algo de alguém).
Na construção do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)
Por exemplo nas orações Encontrei o mecânico. Você frequenta a oficina do mecânico. O substantivo repetido mecânico possui uma oficina. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a oficina do mecânico = o mecânico cujo a oficina. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações, tem-se
Encontrei o mecânico cuja oficina você frequenta.
Na maior parte das vezes, este pronome relativo terá a função de adjunto adnominal.
O pronome relativo ONDE
Onde
Onde só é pronome relativo quando equivale a em que. Quando se diz "Onde você nasceu?", não é possível pensar em pronome relativo; afinal, o período é simples, e você sabe que o pronome relativo só aparece no período composto, para substituir numa oração subordinada um termo da oração principal. No caso, onde
é advérbio interrogativo.
Quando pronome relativo, onde só pode ser usado na indicação de lugar, atuando sintaticamente como adjunto adverbial de lugar:
Quero uma cidade tranqüila, onde possa passar alguns dias em paz.
A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
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